A semana passou rápido, e logo a sexta
feira chegou e como era de costume, Ton havia sentado na mesma mesa em que
sentara todos os dias nos últimos anos para tomar o lanche da manhã, “café com
pão de queijo”, era o que sempre comia todas as manhãs.
Foi a mensagem que recebeu, sem nem ao
menos um “oi” ou um “Bom dia”. Era Dália. Com uma de suas inúmeras formas de
dizer bom dia sem dizer bom dia.
Então ele se levantou e foi sentar junto
com a moça, naquele momento, mesmo que ela tentasse disfarçar, era nítida sua
preocupação com a ida em sua antiga cidade para buscar as suas coisas.
Naquele momento Ton a observava bem. Seu
jeito de sentar com as pernas abertas, cotovelos sobre a mesa, aquele olhar
forte de quem tem certeza do que esta fazendo, e um jeito de falar que variava
do fofo ao grosseiro, o que Ton demorou a perceber. Ela tinha os olhos
levemente puxados, uma pele morena e cabelos pretos e lisos, e um jeito de
sorrir como a expressão de uma criança que esta fazendo bagunça que a tornava
muito linda.
Ela estava aflita, pois iria viajar de
madrugada e a pessoa que ela havia contratado para buscar suas coisas havia
desmarcado o compromisso.
- Me empresta seu celular. – Disse ela
Ele emprestou, ela fez algumas ligações e
não havia conseguido solução para o problema.
- Vou entrar para trabalhar. – disse ela.
- Relaxa, as coisas vão dar certo.
****
As horas foram passando, e no meio da
tarde o telefone de Ton toca e a pessoa do outro lado da linha confirma que irá
buscar suas coisas.
Era a hora de Dália enfrentar o seu
passado. Tudo que Ton podia fazer por ela era esperar seu retorno.
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