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Violeta e o poste

Devido a uma conjuntura de vários fatores [a inspiração voltou e sobrou tempo] estou aqui de volta para contar outra historinha de amor, que tinha tudo para dar errado, com uma inspiração extra de uma expressão que uma amiga minha [a irmã da Jasmim]. Como sempre, narrarei em primeira pessoa, e alguns fatos desta história realmente aconteceram no complexo amoroso estudantil da UFUlândia.
  
Violeta e o poste.
  

Pouco tempo atrás, um amigo meu fez uma festa em sua república, a festa tinha o sugestivo nome de ‘Beber, Cair, Levantar”. Depois de muita insistência de meus amigos, resolvi ir a esta festa, apenas para descontrair um pouco.

Estávamos em uma turma grande, aproximadamente dez pessoas, mas ainda assim, a pessoa que eu queria que estivesse lá, não estava. Estava tão pra baixo que nem percebi uma pessoa estranha no grupo, ela uma menina, baixinha, de cabelos castanhos e pele branca, não era magra, mas também  nada tinha de gorda, poderia ser definida, nas palavras da irmã da Jasmim, como uma garota Xanda, mesmo sem ser gorda, possuem um físico avantajado [na minha definição: gostosa formosa].
  
Entre a dança do Creu e a dança do quadrado, nem percebi o momento que começamos a dançar juntos, nossos rosto se tocavam, nossos corpos seguiam o mesmo ritmo, era diferente do ritmo da musica, era o nosso próprio ritmo, lento, suave e apaixonante.

Então a música parou, as Tequileiras entraram e a menina sumiu, sem nem dizer o seu nome.

Resolvi ir comprar outra bebida,  quando no bar ela me aparece e diz:

-Que coisa feia, vai comprar mais cerveja....

- E você, vai comprar o que nesta fila? – perguntei, levando na brincadeira.

- Cerveja.- Respondeu ela e saiu sorrindo, com a minha cerveja, tive que comprar outra.

Conversamos por algum tempo, fomos para o fundo da casa, onde mais cedo havia ocorrido um show de sertanejo [dale Minas, dale Berlândia]. Ela já tinha bebido um pouco acima da conta, eu muito acima da conta. Ela me disse seu nome, Violeta. Riamos de tudo e de todos, parecíamos crianças se divertindo.

Como alguns acontecimentos nem sempre são como queremos, então ela saiu novamente e disse que voltaria em pouco tempo, pedindo para que eu a esperasse. Esperei por alguns minutos, como ela não voltou, resolvi procura-la pela casa.

Nada...

Ela não estava em nenhum local da casa, então resolvi sair um pouco para respirar um ar, e suspirar um pouco. Foi quando percebi uma pessoa sentada na calçada encostada em um poste. Sim, era Violeta, e como ela havia bebido demais, começou a passar mal, e sim, estava envergonhada de ter bebido tanto.

Com isso cheguei a uma conclusão bastante óbvia: Vomitar não é sexy.

Semanas se passaram sem que eu tivesse notícias de Violeta. Também, não fui procurá-la. Mas, mais uma vez o Deus do Destino resolveu brincar comigo, mero mortal que se apaixona por metro quadrado nesta cidade de mulheres lindas, e fez com que nos encontrássemos novamente.

Ela estava muito envergonhada, não apenas por ter bebido demais e passado mal, mas também por isso ter acontecido na minha frente. E me agradeceu pelos cuidados que tive com ela. Apesar de tudo, eu ainda a achava atraente, mesmo que ela mesma se achasse “gorda”, o que definitivamente não era, principalmente pelo seu jeito de menina tímida. Resolvi convidá-la para sair.

E ela aceitou.

Depois eu conto o que aconteceu. Talvez dessa vez dê certo. Mas com certeza, não iremos beber esta noite.


Porque definitivamente, vomitar não é sexy.
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Sobre welingto

Welington Hungria, estudou Direito pela Universidade Federal de Uberlandia, trabalha como Treinador Corporativo Pleno, escreve sobre fantasia, cotidiano, e as vezes algo que realmente importe.
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