Era um sábado a noite, e Dália acabava de
chegar em casa e colocado o seu filho para dormir, ela estava morando
temporariamente na casa de uma de suas varias tias. Havia um churrasco com
vários parentes seus, e na ocasião ela ganhou uma bota de outra tia sua, e
imediatamente mandou uma mensagem para Ton, com foto do presente.
Embora por fora esbanjasse alegria, ela
estava passando por um grande momento de confusão, em breve teria que rever seu
ex marido, o pai de seu filho, mas no fundo ela sentia que as coisas estavam começando
a tomar um rumo bom.
Por volta de um ano atrás ela estava
casada, e seu casamento começou a dar errado. Naquela época, embora ela
tentasse salvar seu casamento, houve um momento que não teve como evitar o
rompimento.
Ela ainda tentou levar sua vida na pequena
cidade em que moravam, porém como sempre acontecera em sua vida, suas escolhas foram
as piores possíveis, e apenas agravou o que já era muito crítico, e quatro
meses depois ela mudou-se para Uberlândia, trazendo apenas suas roupas e seu
filho, buscando fugir de todo aquele passado que agora ela teria que enfrentar
novamente.
Seus sentimentos eram uma confusão só. Ela
sabia que precisava ser forte para suportar tudo aquilo. Mas como?
“Quer saber, vamos beber, outro dia penso
nisso”
Foi nesse momento que recebeu uma mensagem
de Ton dizendo:
-Gostei
muito de te receber na minha casa, pena que você teve que ir embora...
-Também
gostei muito de hoje, mas teremos muito tempo para passarmos juntos.
-Sim,
teremos sim. Beijos. Boa Noite!
-Boa
Noite!
E isso tirou a moça de seus devaneios e a
acalmou, e pela primeira vez, em tempos ela sentiu uma pequena conexão, talvez
algo que possa dar certo no futuro.
“Mas eu ainda amo o Diego, e do jeito que
sou ferrarei tudo com Ton” pensou a moça que sempre fazia as piores escolhas do
mundo.
-Quer saber? Vamos beber! Disse ela.
******
Ton estava se arrumando para ir a uma festa
com alguns amigos quando deu boa noite para Dália, ele estava feliz, embora
soubesse que a menina era problema na certa.
“Vamos aos fatos: Mãe solteira; está
saindo com outro cara (embora ela disse que ontem foi a última vez); fala que
quer algo sério, mas ainda gosta do ex; dá mole para muita gente; e bem mais
nova que eu; é maluca; tem problemas emocionais. Mas ao mesmo tempo ela é tão
autentica, divertida e honesta por me contar tudo isso... eu sei que vou me
ferrar, mas acho que ela merece um cara como eu...”
Pensava ele enquanto se arrumava para
sair. Ele sempre tinha alguém o convidando para sair, embora sua aparência fosse
de um homem normal, talvez com estatura um pouco abaixo da média, sempre tinha
alguma garota o convidando para sair.
Ele estava cansado de investir seu tempo
em relacionamentos sem futuro, sempre escolhia as mulheres mais corretas,
estáveis, maduras e nunca dava certo.
Ele era o oposto dela, enquanto ela era
aquele turbilhão de sentimentos, ele estava em um momento de estabilidade
emocional.
“Gostar é algo estranho, simplesmente
porque não da pra escolher de quem gostamos”. Pensou.
-Quer saber? Vamos beber.
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