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Uma Voz Rude e Intrometida - 02 - Conflitos

Era um sábado a noite, e Dália acabava de chegar em casa e colocado o seu filho para dormir, ela estava morando temporariamente na casa de uma de suas varias tias. Havia um churrasco com vários parentes seus, e na ocasião ela ganhou uma bota de outra tia sua, e imediatamente mandou uma mensagem para Ton, com foto do presente.

Embora por fora esbanjasse alegria, ela estava passando por um grande momento de confusão, em breve teria que rever seu ex marido, o pai de seu filho, mas no fundo ela sentia que as coisas estavam começando a tomar um rumo bom.

“Talvez agora dê tudo certo” suspirou a moça e começou a lembrar do seu doloroso passado recente.

Por volta de um ano atrás ela estava casada, e seu casamento começou a dar errado. Naquela época, embora ela tentasse salvar seu casamento, houve um momento que não teve como evitar o rompimento.


Ela ainda tentou levar sua vida na pequena cidade em que moravam, porém como sempre acontecera em sua vida, suas escolhas foram as piores possíveis, e apenas agravou o que já era muito crítico, e quatro meses depois ela mudou-se para Uberlândia, trazendo apenas suas roupas e seu filho, buscando fugir de todo aquele passado que agora ela teria que enfrentar novamente.

Seus sentimentos eram uma confusão só. Ela sabia que precisava ser forte para suportar tudo aquilo. Mas como?

“Quer saber, vamos beber, outro dia penso nisso”

Foi nesse momento que recebeu uma mensagem de Ton dizendo:

-Gostei muito de te receber na minha casa, pena que você teve que ir embora...

-Também gostei muito de hoje, mas teremos muito tempo para passarmos juntos.

-Sim, teremos sim. Beijos. Boa Noite!

-Boa Noite!

E isso tirou a moça de seus devaneios e a acalmou, e pela primeira vez, em tempos ela sentiu uma pequena conexão, talvez algo que possa dar certo no futuro.

“Mas eu ainda amo o Diego, e do jeito que sou ferrarei tudo com Ton” pensou a moça que sempre fazia as piores escolhas do mundo.

-Quer saber? Vamos beber! Disse ela.

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Ton estava se arrumando para ir a uma festa com alguns amigos quando deu boa noite para Dália, ele estava feliz, embora soubesse que a menina era problema na certa.

“Vamos aos fatos: Mãe solteira; está saindo com outro cara (embora ela disse que ontem foi a última vez); fala que quer algo sério, mas ainda gosta do ex; dá mole para muita gente; e bem mais nova que eu; é maluca; tem problemas emocionais. Mas ao mesmo tempo ela é tão autentica, divertida e honesta por me contar tudo isso... eu sei que vou me ferrar, mas acho que ela merece um cara como eu...”

Pensava ele enquanto se arrumava para sair. Ele sempre tinha alguém o convidando para sair, embora sua aparência fosse de um homem normal, talvez com estatura um pouco abaixo da média, sempre tinha alguma garota o convidando para sair.

Ele estava cansado de investir seu tempo em relacionamentos sem futuro, sempre escolhia as mulheres mais corretas, estáveis, maduras e nunca dava certo.

Ele era o oposto dela, enquanto ela era aquele turbilhão de sentimentos, ele estava em um momento de estabilidade emocional.

“Gostar é algo estranho, simplesmente porque não da pra escolher de quem gostamos”. Pensou.



-Quer saber? Vamos beber. 
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Sobre welingto

Welington Hungria, estudou Direito pela Universidade Federal de Uberlandia, trabalha como Treinador Corporativo Pleno, escreve sobre fantasia, cotidiano, e as vezes algo que realmente importe.
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