Livro: Um Lugar
chamado Sidhelia
Titulo: Elementais
do Ar
Prólogo - O
nascimento de um Herói- II
-Esta é uma ordem
que eu não sei se quero cumprir? – pensou a responsável por capturar os
fugitivos.
Os espécimes 133 e
158 haviam escapados há cinco dias, mas nesses cinco dias ainda não haviam
provado o gosto pela liberdade. Foram longos cinco dias de perseguições e
lutas.
Os dois haviam sido
levados para o Centro de Pesquisa ainda bebês, depois que as Tropas de Tahr
massacraram a Cidade da Lua, a primeira cidade a cair diante de seu poder
destrutivo.
-A Senhora conhece
esses fugitivos, Capitã? -Perguntou a Piloto.
-Sim, eu mesma os
levei ao Centro ainda bebês.... Tudo aconteceu há vinte anos.
...
Por volta de vinte
anos atrás, Tahr enviou uma comitiva exigindo a total submissão do Reino das
Fadas aos seus comandos, e que todos os habitantes se tornassem seus soldados
para que pudesse se aproveitar de seus grandes poderes mágicos e com isso
conseguir conquistar todos os reinos.
A Cidade da Lua era
a capital do Reino das Fadas, construída sobre o Carvalho Eterno e protegida
pelo Deus das Florestas Arbor. Na verdade, toda a cidade era aquele enorme
carvalho mágico, ele dava abrigo e proteção ao Povo das Fadas, em troca de seu
respeito pelas regras da natureza. Como suas copas alcançavam as nuvens, a
chuva que deveria cair ao solo escorria pelo caule formando pequenas quedas de
águas límpidas, criando quatro véus brancos que alimentavam a vida de todos os
seres do Carvalho Eterno. Seus galhos gigantescos serviam de base para as mais
diversas construções, desde templos a mercados e moradas.
Era um reino
pacífico, se mantendo alheio as disputas de território entre os demais reinos.
Mesmo após o retorno do Ultimo Imortal a Sidhelia, e este ter submetido o Reino
Dorsal a seu comando, eles continuavam a manterem-se neutros.
Zael, o Mago Rei,
como não poderia ser diferente, não aceitou as exigências impostas. Motivo que
levou o Reino Dorsal a declarar guerra ao Reino das Fadas.
Zael era um velho
sábio de mais de seiscentos a anos, uma longevidade presenteada pelo Deus
Arbor. Por ter protegido o reino da primeira investida de Tahr, ele ganhou o
direito de viver eternamente, o dever de Protetor do Carvalho eterno.
Entretanto, com esse dever veio uma maldição, a de ver os seus descendentes
envelhecerem e morrerem, um a um. Ele era um poderoso mago, com encantamentos
que poderiam dizimar um exército inteiro com apenas algumas palavras. Mas em
todo o continente era sempre procurado por sua sabedoria e não por sua força.
Nesta época, Zael
tinha apenas um descendente vivo, Zefir, O Mestre da Lança, um talentoso
guerreiro, que além de ter grandes poderem mágicos, conseguia utilizá-los
conjuntamente com ataques físicos. Era casado, e sua esposa, Selah, estava
preste a dar a trazer ao mundo seu primeiro filho, a quem chamariam de Zoé.
Zefir era o capitão
da Legião Encantada, um temido exército formado pelos habitantes do reino. Eram
tão temidos que nunca entraram e combate com outros povos. A maioria da
população não gostava da manutenção dessa legião, pois, o Povo das Fadas era
bastante pacífico, a maioria de seus habitantes se especializou em magias úteis
a manutenção da vida e não em magias de combate.
Após a declaração
de guerra feita pelo Reino Dorsal, Zael reuniu todo o conselho pela primeira
vez em mais de seiscentos anos. A situação era crítica. Explicou toda a
situação deixando o conselho inquieto. Por fim propôs que todos os habitantes
que não pudessem lutar evacuassem a cidade e se escondessem nas Raízes do
Carvalho Eterno, onde seriam protegidos pelo Deus da Floresta.
Mas era tarde
demais, os exércitos de Tahr já haviam cercado a cidade, era apenas uma questão
de tempo até que conseguissem desativar o escudo mágico que protegia a cidade.
Zefir, como precavido que era já havia deixado todos da sua Legião Encantada em
alerta, prevendo um ataque surpresa.
Era o maior
exercito já formado no Reino das Fadas, Zefir, com sua longa lança, Alamus,
presente da Deusa Protetora da Caça, Archerlis, liderava juntamente, com o Rei
Mago, Zael, a Legião Encantada. Centenas de magos e fadas, cada qual com seu
talento especial, divididos em por especialidades. Os que desenvolveram a
habilidade de luta corporal faziam parte da Infantaria, estes seriam liderados
por Zefir; havia os Mestres do Encantamento, liderados por Zael, poderosos
magos capazes de lançar encantamentos a longa distancias, estes seria a
primeira linha de ataque, evitando que o inimigo se aproximasse; haviam também,
os Alados, que eram fadas , que usando de sua habilidade de voar e de suas mais
variadas formas de ataques e poderes de curas, daria um suporte aéreo à
infantaria, originalmente seriam liderados por Selah, A Restauradora, mas
devido a sua gravidez, este grupo de guerreiros foram liderados por sua irmã
mais nova, Tila, que ainda não havia ganhando nenhum título de honra como sua
irmã, mas nem por isso era menos eficiente.
Do outro lado,
estava toda a Legião de Tahr, incontáveis guerreiros com vestes pretas e longas
espadas de aço escurecido. Estavam divididos em cinco grandes legiões, uma para
cada General: Hanma, A Mira Perfeita, com seu arco Juliet, conseguiria atacar
de longas distancias e com uma precisão invejável por qualquer caçador do continente;
Crotius, O Demolidor, sem nenhuma habilidade especial, a não ser a força física
e muita pouca inteligência, usava seu par de martelos, Tristeza e Maldade,
produzidos por ele mesmo com o Aço da Dor, para dizimar seus adversários; O
Mestre das Almas, Lucios, o mal em pessoa, invoca demônios para possuir seus
adversários e fazê-los lutar por Tahr; Carmeluis, O Possuído, no passado era um
bom homem, especializado em arte marcial, foi dominado por um dos Demônios de
Lucios e agora tem sua mente aprisionada em seu próprio corpo que é controlado
por um demônio; e por fim Dihla, O Fogo e o Gelo, dominadoras desses dois
elementos da natureza, ela consegue criar espadas de fogo e gelo, uma para cada
mão, tornando-se praticamente invencível, ela foi obrigada a lutar por Tahr
para evitar que ele mate seus familiares que estão como sues reféns.
Os exércitos
estavam frente a frente, a única coisa que os separavam era o já enfraquecido
Escudo Encantado, era apenas uma questão de tempo. Zael, Zefir e Tila estavam
apreensivos, o exercito inimigo era muito maior que o seu, e não sabiam como os
seus soldados se comportariam em combate, pois, esta era a primeira vez que
alguém se opunha a Legião Encantada.
Dispostos em três
grandes grupos, a Infantaria de Zefir à frente, seguida pelos Alados de Tila, e
logo atrás, os Mestres do Encantamento, estes liderados pelo Rei Mago, Zael.
A primeira leva de
ataque seria dos Mestres do Encantamento, Zael, já havia dado instruções para
que todos os guerreiros lançassem seguidamente e sincronizadamente o Meteoro de
Luz, uma enorme bola de luz que causa uma grande destruição da área onde é
lançada e seguidamente o Vento de Fogo, uma magia Elemental que une o poder
destrutivo do fogo com a velocidade do vento, assim conseguiriam destruir os
inimigos já enfraquecidos pelo Meteoro.
Eles estavam
concentrando suas energias, para que o primeiro ataque fosse o mais devastador
possível. Nesta noite, as mãos desta legião pareciam pequenas luas brancas,
centenas de Luas, apenas esperado para subir aos céus e causar uma chuva de
meteoros.
O escudo finalmente
caiu, e com ele, instantaneamente subiu aos céus incontáveis pontos brancos
clareando uma enorme extensão de terras naquela noite escura. Logo em seguida
os pontos de Luz começaram a descer em meio as tropas de Tahr, devastando uma
enorme área, dizimando milhares de soldados de uma vez. Este era o poderoso
Meteoro de Luz. Logo em seguida veio uma onda vermelha atingiu todo o exército
inimigo de frente, desintegrando tudo o que encontrava, contrastando com a
Chuva de Meteoro que ainda continuava a cair, era o lendário Fogo do Vento, a
mais poderosa magia de todo o continente. Após estes dois ataques, guerreiros
já não tinham mais forças para lançar outro ataque efetivo, agora os seus
destinos ficariam nas mãos da Infantaria e dos Alados. Todos os Mestres do
Encantamento se retiraram para o esconderijo, menos Zael, o qual ainda tinha
muito poder.
A Legião de Tahr
novamente se organizou para um ataque, eram muito mais numerosos que a Legião
Encantada do Reino das Fadas. Zefir então deu a ordem para atacar. Toda a
Infantaria de Zefir partiu para o ataque. Guerreiros com lança e espadas
seguiam seu líder indo de encontro ao pelotão de Hanma, a Mira perfeita.
Os dois lados
finalmente se encontraram, do mesmo jeito que Zefir, com sua lança Alamus, e
Hanma com seu arco Juliet, travavam uma batalha a parte, enquanto parte da
Infantaria subjugava os seguidores da guerreira, partindo logo em seguida para
o próximo pelotão, o liderado pelo General Crotius.
-Finalmente chegou
nossa vez. – disse Hanna olhando ao fundo dos olhos de Zefir.
-Você deseja morrer
tanto assim. – respondeu Zefir.
-Seu maldito, você
ira engolir estas palavras.
Mantendo uma certa
distância, Zefir e Hanma se encaravam, esperando o momento certo de atacar.
Hanma atacou primeiro, com um tiro de fogo que foi parado pelo escudo criado
por Zefir. Ambos os oponentes eram especializados em ataques mágicos e físicos,
de longa ou curta distância. Qualquer erro seria fatal para ambos. Zefir então
usou um de seus golpes especiais, a Lança Tripla, ao lançar sua lança, ela se
divide em três, atacando o inimigo com três dos elementais, fogo, gelo e terra.
Mas, seu oponente, não era qualquer um, era Hanma, a Mira Perfeita, que deu um
tiro com seu arco para o céu criando uma chuva de flechas que parou o ataque do
Mestre da Lança. Em ato contínuo, Zefir colocou sua Alamus nas costas, e sacou
suas duas espadas, e partiu para o combate, Hanma, também sacou de sua espada e
lutava intensamente com Zefir.
-Esses truques não
funcionam comigo. – disse a jovem guerreira enquanto se esquivava.
-Tem certeza? Então
me mostre o que você tem de melhor. – disse Zefir para Hanna, sorrindo, como se
estivesse gostando da batalha.
Ambos eram
incrivelmente habilidosos, Zefir e Hanma saltavam por todo o campo trocando
golpes e encantamentos, até que Zefir deu uma seqüência de golpes giratórios
duplos, desequilibrando a inimiga, então aproveitou para lançar lhe uma bola de
fogo, que ligeiramente foi dizimado por Hanma, mas ela não havia percebido a
real intenção do Mestre da Lança, que sacou sua Alamus e com um golpe certeiro,
a atingiu com a sua poderosa Lança Tripla, fazendo com que ela partisse ferida,
em retirada.
-Parece que estes
truques funcionam. – disse o guerreiro.
Continua.
0 comentários:
Postar um comentário